9 de abr. de 2012

BANQUETE DESPERDIÇADO


Para uma mente sedenta de conhecimento, estar em sala de aula é como participar de um banquete. A última aula presencial de quinta, 04 de abril, tinha tudo para ser esse “banquete”, dado a importância da Morfossintaxe para o estudante de Letras. Porem - vocês hão de convir - aquele foi um dia pouco produtivo no que diz respeito à observância do material proposto pela UEPA. Para se ter idéia, das seis unidades contidas no referido material, somente duas foram observadas (e olhe lá!). Sem falar das avaliações que não fizemos, por problemas de comunicação. Mas isso é outra historia.

O que eu gostaria de tratar aqui é o fato de ainda não termos amadurecido enquanto acadêmicos, e de gastarmos boa parte do tempo tirando dúvidas que surgem no dia a dia, e deixando com isso, de nos apropriarmos dos novos conhecimentos que o curso pode nos proporcionar. É inconcebível, pra mim, gastarmos o escasso tempo de aula presencial que temos, para somente ocuparmos os professores com nossas duvidas corriqueiras, na maioria das vezes alheias ao assunto tratado. O ato de perguntar, claro, é importante. Esclarecer dúvidas é imprescindível no processo ensino aprendizagem. No entanto, esses questionamentos devem caminhar paralelamente com o que está sendo estudado. O que não vem acontecendo conosco. E o problema, colegas, não reside em fazer perguntas; está no fato de fazer isso em detrimento do assunto principal. Ou seja, aquilo que deveria ser periférico, está ocupando a parte central.

Certo que cabe ao professor delimitar o tempo para as perguntas, sob pena de perder o foco da aula. E nesse aspecto, pelo que se viu, a prof. Maria Daises (ótima profissional) não possui a habilidade do Prof. Izidorio. Este, diante de uma pergunta fora do contexto da aula, dizia “não mistura, isso é outra coisa” e seguia em frente. Independente disso, no entanto, está na hora de nos conscientizarmos de que estamos num curso de nível superior; e que, mais do que relembrar regrinhas estudadas no ensino fundamental, existe assuntos mais profundos a serem discutidos em sala. No caso da Morfossintaxe, existem as teorias dos autores modernos confrontando a gramática tradicional. Isso sim deveria ser o foco das discussões. Prova disso, foi o sufoco que passamos para fazermos a avaliação (atividade II). Perdemos tanto tempo, que quando “acordamos” e nos deparamos com as teorias de Macambira, Perini e tantos outros, foi tarde demais!

Sabem o banquete? Era para estarmos saciados! Pena que nos satisfizemos com os aperitivos e as bebidas, e deixamos de lado o prato principal. Que desperdício!

(Por Isaias Martins)

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