O que eu gostaria de tratar aqui é o fato de ainda não termos amadurecido enquanto acadêmicos, e de gastarmos boa parte do tempo tirando dúvidas que surgem no dia a dia, e deixando com isso, de nos apropriarmos dos novos conhecimentos que o curso pode nos proporcionar. É inconcebível, pra mim, gastarmos o escasso tempo de aula presencial que temos, para somente ocuparmos os professores com nossas duvidas corriqueiras, na maioria das vezes alheias ao assunto tratado. O ato de perguntar, claro, é importante. Esclarecer dúvidas é imprescindível no processo ensino aprendizagem. No entanto, esses questionamentos devem caminhar paralelamente com o que está sendo estudado. O que não vem acontecendo conosco. E o problema, colegas, não reside em fazer perguntas; está no fato de fazer isso em detrimento do assunto principal. Ou seja, aquilo que deveria ser periférico, está ocupando a parte central.
Certo que cabe ao professor delimitar o tempo para as perguntas, sob pena de perder o foco da aula. E nesse aspecto, pelo que se viu, a prof. Maria Daises (ótima profissional) não possui a habilidade do Prof. Izidorio. Este, diante de uma pergunta fora do contexto da aula, dizia “não mistura, isso é outra coisa” e seguia em frente. Independente disso, no entanto, está na hora de nos conscientizarmos de que estamos num curso de nível superior; e que, mais do que relembrar regrinhas estudadas no ensino fundamental, existe assuntos mais profundos a serem discutidos em sala. No caso da Morfossintaxe, existem as teorias dos autores modernos confrontando a gramática tradicional. Isso sim deveria ser o foco das discussões. Prova disso, foi o sufoco que passamos para fazermos a avaliação (atividade II). Perdemos tanto tempo, que quando “acordamos” e nos deparamos com as teorias de Macambira, Perini e tantos outros, foi tarde demais!
Sabem o banquete? Era para estarmos saciados! Pena que nos satisfizemos com os aperitivos e as bebidas, e deixamos de lado o prato principal. Que desperdício!
(Por Isaias Martins)


