
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
GÊNEROS LITERÁRIOS
PROFESSORA ISABEL SOUZA
BELÉM – PARÁ
A palavra lírico deriva de lira, instrumento musical usado pelos antigos gregos (a.C) para acompanhar as recitações da época. Assim a palavra lírica era empregada à canção entoada ao som da lira. Essa união entre verso e música fez com que o ritmo fosse a característica marcante da obra lírica. Na Idade Média, a lira foi substituída por instrumentos como a viola, o alaúde, etc. Por volta do século XV ocorreu a separação entre verso e o acompanhamento musical. Portanto, o texto lírico deixou de ser cantado para ser lido ou declamado. A musicalidade, o ritmo, a sonoridade passaram a ser trabalhados no interior da própria linguagem.
A poesia passou a apresentar uma estrutura que garantisse a marca da musicalidade no texto poético. A partir daí, a metrificação (medidas de um verso definidas pelo número de sílabas poéticas), o ritmo, foi valorizada, como também o ritmo das palavras, a divisão das estrofes, a rima, a combinação de palavras passaram a ser intensamente cultivados pelos poetas. Para atingir o pretendido, o aspecto formal ganhou relevância e o poema ganhou forma fixa. Dentre as poesias de forma fixa, a que resistiu até os dias de hoje foi o soneto (pequeno som): composição poética de 14 versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos.
Eu/ que/ro a/mar/, a/mar/ per/di/da/men/te
Amar só por amar: aqui...além...
Mais este e aquele, o outro e toda gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente.
Há uma primavera em cada vida
É preciso cantá-la assim florida.
Pois se Deus nos deu voz, foi para cantar!
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder ... Pra me encontrar...
(Florbela Espanca)
Pertencerá à lírica todo poema de extensão menor, na medida em que nele não se cristalizem personagens nítidos e que, ao contrário, uma voz central – quase sempre um “Eu” – nele exprimir seu próprio estado de alma. (ROSENFELD, Anatol. O teatro épico. S.Paulo, Burutti, 1995. p. 5.)
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